29 de abril de 2016

Entrevista com Basttardos


Os cariocas da banda Basttardos vem divulgando seu novo e excelente álbum intitulado, O Último Expresso, lançado no final de 2015. Conversei com Alex campos, vocalista e guitarrista, sobre esse novo lançamento e sobre a carreira da banda. 
Por Cleuber Toskko
 
Como está a repercussão desse novo disco?
Valeu pelo espaço, Cleuber. Ótima! Não vou dizer que está melhor do que imaginávamos porque sinceramente trabalhamos muito duro enquanto banda independente, mas ter um feedback real e positivo é motivador.


É perceptível que vocês trabalham muito em prol da imagem da banda. As músicas são bem gravadas, as fotos de divulgação são bem produzidas, o material gráfico em geral é excelente, o site oficial é ótimo, O nível da arte da capa é magnífico. Quem produziu o desenho da capa?

Obrigado! O "audiovisual" no Basttardos sempre foi primordial. Quando iniciamos a proposta tínhamos como objetivo agregar arte em geral, não só música, mas filmes de horror, western, etc. É uma comunicação natural de nossas influências de música e cinema, mas sempre fazendo uma analogia com a nossa realidade. Eu mesmo assumo a direção de todo conteúdo artístico, e para dar vida ao trabalho gráfico do novo disco, O último Expresso, fizemos parceria com o ilustrador e parceiro Alexandre Ferreira. É muito importante o cara entender a nossa onda e captar toda doideira, e assim foi.


A boa produção de um álbum além de outras estruturas como cenário, figurino e artes visuais, ajudam muito na aceitação dele, e vocês acertaram em cheio na produção sonora e estética desse álbum. O reconhecimento do esforço de todo esse trabalho está sendo na altura que a banda esperava?

Foi um trabalho muito árduo, refletimos bastante após o EP Dois Contra o Mundo, e trabalhamos intensamente durante dois anos neste novo material. Quando existe amor e zelo naquilo que você faz, certamente colherá bons frutos. É um longo caminho, degrau por degrau. Estamos persistindo naquilo que acreditamos e o reconhecimento está vindo. Amamos o nosso trabalho, tudo é muito gratificante!


Falando do CD-EP, Dois Contra o Mundo, que vocês lançaram em 2013. A banda está em um bom ritmo de trabalho, além desse CD-EP de estreia lançaram também em 2014 o single Basttardos e agora chegaram no full álbum O Último Expresso, como foi essa caminhada até chegar nesse debut?

Nossa intenção a princípio é apresentar uma trilogia de discos onde um esteja ligado ao outro, lançando os três materiais a cada dois anos. A previsão do terceiro disco é para 2017, vamos ver se conseguiremos, pois, colocar um material de qualidade para "jogo" sendo 100% independente é complicado. No momento estamos trabalhando na divulgação do álbum O Último Expresso e produzindo novos clipes.
Sobre a parte lírica, conte-nos um pouco sobre os temas e como trabalham as composições?

Bom, eu sou o compositor do Basttardos. Não existe uma regra ou fórmula, a música pode nascer de uma palavra, de um solo, alguma melodia aleatória e por aí vai. Precisa rolar uma inspiração natural e assim a música vai tomando forma. Depois vou lapidando e estruturando a canção, é por aí. As letras são pessoais, mas flertam com o universo fictício, às vezes trazendo um pouco de sensacionalismo, às vezes algo mais direto. O importante é que todas soem honestas com o nosso propósito. Definitivamente se não sentirmos verdade na música, vai ficar na gaveta.


Como estão os shows de divulgação do álbum? 
Estamos preparando um novo repertório e vamos focar nos shows a partir do segundo semestre. Vale ressaltar as dificuldades para apresentar nosso show com uma estrutura bacana, isso não é soberba, é só uma realidade que enfrentamos aqui no RJ.


A banda tem alguma previsão de uma tour nacional?

Estamos dispostos a levar nosso trabalho para todos os lugares que pudermos, desde que sejamos respeitados... Quem quiser levar o Basttardos para a sua cidade, entre em contato e vamos fazer rolar.


Uma curiosidade. Por que o terceiro membro da banda não tem nome e nem rosto? É a dificuldade de arrumar um baixista fixo?

Vamos lá... não seria exatamente um terceiro membro. Temos influências de filmes de terror no trabalho. Resumindo: Chamamos banda de "bando" e integrantes de "elementos". De fato este, seria um misterioso "Terceiro Elemento" do nosso "bando", sem nome ou RG, entende?! É um cara doente, mas que consegue controlar as nossas mentes de alguma forma. Tem uma habilidade sobrenatural e pode ocupar qualquer cargo, digamos assim. Não, a dificuldade não é encontrar baixistas, a dificuldade é encontrar elementos dispostos a ralar como nós.

A banda tem raízes fortes de Rock In Roll com misturas de Hard Rock, Folk e até música espanhola. De onde vem essa mescla de estilos?

Assim como o ser humano, a música também é parte do seu estado de espírito. Às vezes estamos tristes, felizes, putos, etc. Não limitamos a nossa sonoridade, posso escutar e absorver facilmente um Thrash Metal como um Folk. Não fecho minha cabeça. Música boa é aquela que te emociona de alguma forma e nestes dezesseis anos respirando e tocando música, acho que tudo agrega, mesmo que inconscientemente.


Como você analisa a cena underground nacional, pros e contras?

A cena underground nacional está viva, completamente ativa, e com bandas excelentes, veículos de qualidade, só acho que poderíamos perder menos tempo com rótulos ou divisões de estilos, vamos deixar a música nacional pesada literalmente falar mais alto.


Como está a cena independente do RJ para as bandas do seu estilo?

Existe uma resistência, assim como em vários estados do Brasil. Sendo franco, continuamos focados no nosso trabalho independente de como esteja o cenário. Acredito que tudo é consequência. Basicamente é isso, existem pessoas lutando para manter a coisa "viva", nós somos um deles.


Como as pessoas podem adquirir o disco e também contratar a banda para shows?

Através do nosso site: www.basttardos.com.br



Obrigado pela entrevista Alex Campos, desejo sucesso e vida longa ao Basttardos. Deixe suas últimas considerações.

Obrigado pela oportunidade e parabéns pelo belo trabalho em prol do underground nacional. O legado importa mais!
 

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